Especialistas defendem mudanças previstas para o Expresso DF Sul
A necessidade é que as alterações sejam feitas de forma gradativa e com consulta à população. GDF alega economia de tempo e dinheiro
Antes mesmo de ser implantado em sua totalidade, o sistema de integração do Expresso DF Sul virou alvo de críticas por parte dos usuários. Houve protesto. Na terça-feira, uma manifestação com cerca de 300 pessoas levou o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) a suspender temporariamente o processo. Apesar da resistência dos passageiros, especialistas apontam que a integração representa um benefício para a população. Entre os motivos, a tarifa única e a melhoria da mobilidade urbana.
Hoje, além do BRT, os moradores do Gama e de Santa Maria contam com 16 linhas, que saem diretamente para Cruzeiro, Guará, Lago Sul, Núcleo Bandeirante, Paranoá, SAAN, SIA, SMU, Sudoeste, W3 Norte e Sul. A proposta do governo é eliminar os percursos atuais para compor o novo sistema. “Agora, os passageiros precisam enfrentar o trânsito normal. A integração representa economia de tempo e dinheiro. A pessoa transitaria por uma faixa exclusiva, e o tempo para chegar à localidade escolhida seria menor”, explica o diretor do DFTrans, Jair Tedeschi.
Apesar das críticas, Willy Gonzales Taco, mestre em transportes urbanos e professor da Universidade de Brasília (UnB), avalia que a integração representa vantagens para os usuários. “É necessária a implantação de novos sistemas, porém isso tem que ser gradativo e não da maneira como foi feita. A população enfrentou dificuldades com a ausência de informação. Isso mostrou a necessidade de planejar a mudança. Mas é boa porque alia a mobilidade urbana e a economia de custos no transporte”, defendeu.
O especialista em trânsito David Duarte Lima avalia que a implantação total do BRT, feita da maneira correta, é aliada para a solução de parte dos problemas no tráfego. “Ela é necessária. Você tira os veículos de circulação das vias principais para os passageiros pegarem em outros destinos. É mais barato e econômico para o sistema de transporte”, aponta. “Mas tudo tem de ser sincronizado."
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