Cada posto de vigilante custa R$ 13,6 mil ao Metrô
A vigilância de instalações externas e estações de Metrô- DF tem custado caro ao governo. Hoje, é pago um valor de R$ 2,4 milhões mensais à empresa Servi, responsável por preencher os 150 postos. Isso equivale a R$ 13,6 mil por cargo, que não diz respeito ao salário dos contratados. Segundo o MPT (Ministério Público do Trabalho), são dois turnos, o que totaliza cerca de 300 funcionários terceirizados.
O Metrô-DF tentou reduzir o valor do contrato no começo do ano, sem sucesso, e promete uma nova licitação no próximo mês.
Além dos vigilantes, o órgão conta com 136 agentes de segurança operacional -- que prestam, entre outras coisas, serviços de assistência, primeiros-socorros e prevenção de crimes. Ocorre que os seguranças não têm porte de arma, por isso não poderiam atuar na vigilância. Ainda nesta semana, contudo, foi aprovada na Câmara Legislativa uma PELO (Proposta de Emenda à Lei Orgânica), de autoria da deputada Celina Leão (PDT), que dá poder de polícia aos seguranças metroviários. A proposta foi encaminhada para sanção do governador e permitirá, por exemplo, que o órgão contrate com a nova atribuição concursados da área que aguardam nomeação -- e abra mão dos vigilantes terceirizados.
Concursados
A nomeação dos concursados, aliás, virou caso de Justiça: o MPT (Ministério Público do Trabalho) ingressou com ação para que o governo convoque os aprovados. Em todas as áreas, há um déficit de 600 servidores. O Metrô-DF, contudo, alega que está proibido de realizar as contratações por estar no limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Contratos onerosos
O contrato com a Servi não é o único que desperta espanto pelo valor. A renovação emergencial sucessiva com o Consórcio Metroman, que realiza a manutenção do metrô, está sendo investigada pelo TCDF (Tribunal de Contas do DF). A empresa vem renovando contratos desde 2007. O último vence neste ano, a um custo de R$ 52 milhões. Nesta semana, o MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) cobrou uma licitação do órgão.
“São todos contratos muito onerosos. A administração ganharia muito mais com a nomeação dos concursados”, resume o diretor do SindMetrô, sindicato que representa a categoria, Quintino Sousa.
Fonte: Jornal Metro Brasília
Do Blog: Rede Integrada De Transporte Coletivo
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