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Old Posted Feb 12, 2024, 12:06 PM
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No DF, indígenas Guajajara organizam ‘bloco’ carnavalesco contra despejo

Território a 11 km do Palácio do Planalto ocupado desde 2009 não é reconhecido pelo GDF ou pela Funai


Acampamento indígena onde vivem cerca de 49 famílias - Foto: Camila Araujo

Indígenas Guajajara, moradores da aldeia Teko-Haw, no setor Noroeste, a 11 km do Palácio do Planalto, organizaram um “bloco da resistência indígena” nesta sexta-feira, 9 de fevereiro, contra uma ameaça de despejo.

Ao lado de apoiadores, eles realizaram atividades, como rodas de conversas e apresentações de cantos e danças Guajajara.

O território, ocupado desde 2009, não é reconhecido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e tampouco recebe assistência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).


Grupo de apoiadores presente na aldeia Teko-Haw para participar do 'Bloco Resistência Indígena' / Camila Araujo

Em outubro de 2023, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao GDF que fizesse a remoção dos integrantes da aldeia indígena, alegando que não pertenciam ao local.

A recomendação entra em contradição com uma sentença do da 22ª Vara Civil da Justiça do DF, numa ação movida pela Terracap contra os indígenas, que garante a posse da área à comunidade.

Em resposta, a associação Teko-Haw organizou um acampamento em frente a via W9 Norte, onde apoiadores do movimento estão acampados desde então.

Ali, indígenas da Teko-Haw e voluntários construíram a Casa de rezo Kwarahy Guajajara e praticam rituais sagrados com o chá da ayahuasca que são parte da tradição de algumas culturas indígenas.


Acampamento contra despejo na beira da W9 / Camila Araujo

Eles vivem desde 2009 a 500 m dali, dentro de uma porção de vegetação nativa, na Área de Relevante Interesse Ecológico Cruls (ARIE Cruls). Vieram do Maranhão, onde habita a maior parte do povo Guajajara, para protestar contra um desmonte da Funai no segundo governo Lula.

Integrantes do Grupo de Estudos de Ações Coletivas, Conflitualidades e Territórios (GEACT) elaboraram um mapa com a mediação da Zona de Amortecimento (ZA) ideal da ARIE.

A definição de Zona de Amortecimento, também chamada de “Zona Tampão”, se refere às áreas localizadas no entorno de uma unidade de conservação (UC), nesse caso a ARIE, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a Unidade.

O mapa demonstra que os limites ideais para a ZA já estão ocupados por construções, o que torna a região ecologicamente mais sensível.

Os limites em azul, verde claro e verde escuro são de 1, 2 e 3 km de distância respectivamente.


Mapa da mediação da Zona de Amortecimento ideal para a ARIE CURLS; os limites em azul, verde claro e verde escuro são de 1, 2 e 3 km, respectivamente. / Foto: Camila Araujo

Cerca de 49 famílias vivem no local, sem assistência de serviços públicos mais básicos, como rede de esgoto, coleta de lixo, fornecimento regular de água e de luz.

Lá, eles plantam milho, mandioca e fava, em meio a árvores nativas como pequi, araticum e outras. Dessa forma, os habitantes da aldeia produzem seus alimentos e mantém a tradição da roça Guajajara.

Especialista em direito coletivo e morador da aldeia, o advogado Arão da Providência Guajajara, defende que “direito indígena e direito ambiental se sobreponham”, já que, como é sabido, o manejo humano com uso sustentável gera menor degradação ambiental e a manutenção do bioma em pé.

“A proteção ambiental é algo religioso para nós. A agricultura indigena é de subsistência sem veneno e com base no princípio agroflorestal. Aqui, estamos lutando para proteger 93 hectares de Cerrado”, disse, em referência à extensão da ARIE Curls.


Arão Guajajara, advogado e morador da aldeia, mostra a roça tradicional do povo Guajajara / Camila Araujo

Arão explica que o governo não apresentou proposta de atendimento pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), o que vai na contramão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, que determina “que todos os indígenas em aldeias tenham acesso ao Subsistema Indígena de Saúde, independente da homologação das terras ou reservas; e que os não aldeados também acessem o subsistema na falta de disponibilidade do SUS geral”.

A escola indígena construída pela comunidade – com técnicas tradicionais de sua cultura, usando barro batido, madeira e bambu — tampouco foi reconhecida.


Deusdete Guajajara, cacica da aldeia Teko-Haw, mostrando recorte de jornal com memória da luta pelo território / Camila Araujo

A aldeia dos Guajajara divide o espaço com outras 5 comunidades indígenas dos povos Fulni-ô, Kariri-Xokó, Tuxá, Bororo e Tukano e com uma ocupação de catadores de lixo que já foi alvo mais de uma vez de operações de despejo, como foi o caso nesta sexta-feira, 9.

Ao lado, está localizado um dos bairros mais caros do GDF, que abriga empreendimentos imobiliários milionários desde 2014.

O cacique Francisco Guajajara da aldeia Teko-Haw destaca que “desde quando o Brasil foi invadido, a gente tá lutando. Hoje falam que o ‘Brasil é terra indígena’ mas a verdade é que a gente não manda em nada’”.


Francisco Guajajara é cacique da Aldeia Teko-Haw / Camila Araujo

Marcondes Alves Tapuia, da aldeia Ahain Aam, localizada na ARIE Paranoá Sul, esteve presente nesta sexta no “bloco da resistência indígena”. “Estamos aqui para ajudar os parentes que estão sendo oprimidos por um governo anti-indígena”, disse.

“Estamos brigando para defender o Cerrado, uma faixa de vegetação nativa que beneficia toda a comunidade, não só indígenas”, acrescentou.

Sua aldeia também é fruto de um processo de retomada territorial realizado em 2023. De acordo com ele, mais de 35 pessoas moram no local de diversos povos diferentes, dentre eles Quíchua, Quéchua e Warao, da Bolívia, além de Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Gavião, Kanela, Terena e Tupinambá.

Jaqueline Barros, técnico-administrativa de 28 anos, é uma das apoiadoras do movimento e está acampada desde outubro na beira da W9. “Tô aqui a favor da natureza. Quando a gente tá em contato com a terra, a gente se fortalece. Quando a gente se comercializa, não tem uma vida satisfatória, vive na correria”, disse, acrescentando que a humanidade está aqui para “vivenciar uma vida de paz e harmonia”.


Jaqueline Barros é uma das apoiadoras do movimento acampada desde outubro / Camila Araujo

Lyanna Soares, 40 anos, é produtora audiovisual e uma das apoiadoras do acampamento. Segundo ela, “a gente tem reivindicado o reconhecimento do território guajajara e demais territórios indígenas aqui no Noroeste”.

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2024...contra-despejo
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  #3122  
Old Posted Feb 12, 2024, 12:08 PM
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Não era para ter nenhum indigena no local. Lembrando quando Lucio Costa fez o projeto Brasília revisitada, inexistia aldeias por lá, isso em 1985. A FUNAI tem que dar um basta e chamar a PF para dar um veridito final.
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  #3123  
Old Posted Feb 12, 2024, 12:20 PM
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Acreditem se quiser, ainda tem gente exigindo que o GDF cumpra o objetivo de Brasília tenha 500 mil habitantes, mas esqueceram de quanto atingiu a marca.... 10 anos depois de ter sido inaugurada.


Fonte: https://www.instagram.com/p/C25Nw3cL..._web_copy_link
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  #3124  
Old Posted Feb 12, 2024, 12:27 PM
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Ai veio um plano, o famoso PEOT 1977, que definia a nova configuração de Brasília quando atingisse 1 milhão em 500 mil habitantes. A marca foi atingida em 1991 e adivinha rsrsrs...

O plano PEOT 1977 começou ser implantado pelo Roriz com a criação de Águas Claras e construção do Metrô. Metrô foi iniciado em 1990, inaugurado em 1994... Por incrivel que parece, o Roriz iria fazer toda linha 1, mas veio a queda do Collor, FHC vira ministro da fazenda, Itamar presidente, e aí cortam todos financiamentos. Por isso o metrô não avançou. E o resto a história sabe o que aconteceu até os dias atuais.
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  #3125  
Old Posted Mar 9, 2024, 1:00 PM
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Eu lendo no instagram do administrador do Gama que vai construir um viaduto e um novo Hospital Regional, o povo massacrando ele. Eita povo lasqueira.... Falando que o hospital do gama é funcional e tal...

Mas como eu falei, não tem como fazer reformas geral em hospitais em funcionamento, se desse a prometida reforma completa do Hospital de Base já tinha sido feita, me lembro que iria ganhar um novo prédio, mas até hoje necas.

Os hospitais estão com estruturas ultrapassadas e muitos não dá nem para fazer uma expansão. Igual em Ceilândia, que deveria sediar o Hospital de Base regional Oeste. Mas até hoje necas.
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  #3126  
Old Posted Mar 10, 2024, 11:06 PM
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A última vez que entrei no HRG foi em 2003 e parecia um sanatório, daqueles bem antigos. As coisas de lá para cá só pioraram. O ideal é construir um novo em outro local e demolir o antigo e reconstruir como um hospital de especialidade, quem sabe um Hospital Materno Infantil da Região Sul.

A maioria do pessoal que reclama é justamente aqueles que não utilizam os serviços. Só perguntar para quem utiliza e ver se estão contentes.
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  #3127  
Old Posted Mar 10, 2024, 11:14 PM
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Originally Posted by fabiano View Post
A última vez que entrei no HRG foi em 2003 e parecia um sanatório, daqueles bem antigos. As coisas de lá para cá só pioraram. O ideal é construir um novo em outro local e demolir o antigo e reconstruir como um hospital de especialidade, quem sabe um Hospital Materno Infantil da Região Sul.

A maioria do pessoal que reclama é justamente aqueles que não utilizam os serviços. Só perguntar para quem utiliza e ver se estão contentes.
Realmente seria uma boa, que seja dado uma utilidade a estrutura do Hospital e que seja construído um novo nos moldes do HRSM ou HRPa.
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  #3128  
Old Posted Mar 11, 2024, 2:00 AM
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Originally Posted by fabiano View Post
A última vez que entrei no HRG foi em 2003 e parecia um sanatório, daqueles bem antigos. As coisas de lá para cá só pioraram. O ideal é construir um novo em outro local e demolir o antigo e reconstruir como um hospital de especialidade, quem sabe um Hospital Materno Infantil da Região Sul.

A maioria do pessoal que reclama é justamente aqueles que não utilizam os serviços. Só perguntar para quem utiliza e ver se estão contentes.
Se olhar os comentários postados no instagram, são deprimentes. Sem contar, que a estrutura está defasada, e dependendo do equipamento nem cabe...

Imagine reformar o HRT completo, é inviável.... o jeito é construir um moderno ou se aproveita o antigo ou demoli ele. Mas do jeito dos HRs de Brasília serem improvisados não dá mais.
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  #3129  
Old Posted Mar 19, 2024, 12:46 PM
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Originally Posted by fabiano View Post
A última vez que entrei no HRG foi em 2003 e parecia um sanatório, daqueles bem antigos. As coisas de lá para cá só pioraram. O ideal é construir um novo em outro local e demolir o antigo e reconstruir como um hospital de especialidade, quem sabe um Hospital Materno Infantil da Região Sul.

A maioria do pessoal que reclama é justamente aqueles que não utilizam os serviços. Só perguntar para quem utiliza e ver se estão contentes.
O da Ceilândia parece aqueles hospitais abandonados de filme de terror cheio de assombração. É desumano.
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  #3130  
Old Posted Mar 19, 2024, 12:50 PM
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Originally Posted by MikeVonJ View Post
O da Ceilândia parece aqueles hospitais abandonados de filme de terror cheio de assombração. É desumano.
Ali passou da hora de construir um grande hospital, o Ceilondres precisa de um baita hospital pra ontem.... O que estragou foi a pandemia.... se não tivesse ocorrido, a 2a unidade do HMIB seria na Ceilândia bem como o 2o Hospital Regional.
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