Shoppings do DF conseguem sobreviver melhor à crise que atinge o comércio
Mais organizados, os centros comerciais conseguem manter um fluxo razoável de pessoas, enquanto as lojas de rua veem a fuga de consumidores potencializada por problemas como a falta de segurança e de estacionamento
Foto: Sheyla Leal/ObritoNews/Fato Online
Os shopping de Brasília estão sofrendo menos com a crise econômica
A crise econômica chegou aos shoppings centers do Distrito Federal com menos força do que no comércio de rua. Embora em ritmo bem menor, se comparado a índices observados até 2013, os centros comerciais continuam registrando alta nas vendas.
Não que os shoppings estejam imunes às dificuldades impostas ao varejo pelo cenário nacional complicado: mesmo nas grandes redes, está difícil bater meta e as contratações temporárias para datas comemorativas enxugaram consideravelmente.
Diferenças
A diferença é que, em tese mais organizados, os centros comerciais conseguem manter um fluxo razoável de pessoas, enquanto as lojas de rua veem a fuga de consumidores potencializada por problemas crônicos, como a falta de segurança e de estacionamento.
“O comércio de rua pega resfriado mais fácil do que a gente”, compara o coordenador da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers) no DF, Carlos Passos, também superintendente do shopping Pátio Brasil.
Os lojistas de shoppings, em geral, têm sentido uma mudança no perfil da compra. Mais endividados e com a renda corroída pela inflação, os consumidores andam, de fato, gastando menos, mas boa parte deles, garantem os empresários, não deixou de gastar.
“Mesmo se falando em crise, as pessoas continuam nos shoppings, seja comprando ou passeando”, comenta a superintendente do Taguatinga Shopping, Eliza Ferreira. Neste primeiro semestre, o maior centro comercial fora do Plano Piloto registrou aumento de 6% no volume de vendas, na comparação com igual período de 2014.
Marketing
Com campanhas de marketing agressivas, e apostando na criatividade para reduzir gastos, os shoppings da Capital Federal têm procurado justamente manter os corredores movimentados, ainda que o vaivém não seja garantia de sacolas cheias.
“A diversidade de produtos e serviços oferecidos pelos centros comerciais propicia o encontro de pessoas, mesmo que a intenção de consumo não seja como antes”, diz Eliza. “A crise é para todos, mas os shoppings sentem menos”, reforça ela.
Alta
No início deste mês, o Fato Online publicou que o número de lojas fechadas em 2015 no DF já chega a 1 mil e as demissões no setor ultrapassam os 2 mil, segundo estimativas não oficiais. Essa realidade diz respeito, em grande parte, ao comércio de rua.
O Pátio Brasil registrou alta de 5,3% nas vendas entre janeiro e junho, antes os seis primeiros meses do ano passado. O fluxo saltou 17%, de acordo com o superintendente, Carlos Passos. O centro comercial iniciou, esta semana, a revitalização de toda a fachada: uma obra de R$ 25 milhões, tocada com recursos próprios.
“Estamos fazendo nosso dever de casa, para sairmos da crise mais fortes”, afirma Passos. Na percepção dele, os shoppings estão concentrados em garantir o fluxo de pessoas e, assim, tentarem compensar a queda no gasto médio dos consumidores.
Na rede de shoppings do grupo Paulo Octávio – que incluem Brasília Shopping, Shopping JK, Terraço Shopping e o próprio Taguatinga Shopping –, este ano as vendas saltaram, em média, 8,5% frente ao primeiro semestre de 2014. O índice não chega perto dos 13% de um passado recente, mas é motivo de comemoração, na avaliação do superintendente Edmar Barros.
“Os shoppings estão mais protegidos da crise. Há uma percepção de que os clientes do comércio de rua estão migrando para os shoppings”, pontua Barros. “Não estamos estourando de vendas, mas conseguimos manter um padrão de crescimento”, emenda.
Ocupação
Com o quadro econômico deteriorado, a demanda por espaço em shoppings caiu vertiginosamente. Não há mais, em empreendimento algum do DF, longas listas de espera, como era comum no auge do consumo das famílias. Mas a vacância perto de zero na maior parte deles ilustra o discurso confortável dos empresários. Na rede Paulo Octávio, por exemplo, três dos quatro shoppings estão com todas as lojas ocupadas.
No Park Shopping, o maior centro de compras do DF, as vendas acumuladas, até 23 de julho, pularam 11,5% em igual comparação com 2014, segundo o superintendente Marcelo Martins. “Em um momento de adversidade, existe quem sente primeiro e quem sente por último os efeitos. Os shoppings estão no fim da fila”, sublinha ele, para quem ainda não é possível falar em crise. “Por enquanto, não temos do que reclamar”, acrescenta.“Estamos fazendo nosso dever de casa, para sairmos da crise mais fortes”, afirma Passos. Na percepção dele, os shoppings estão concentrados em garantir o fluxo de pessoas e, assim, tentarem compensar a queda no gasto médio dos consumidores.
Na rede de shoppings do grupo Paulo Octávio – que incluem Brasília Shopping, Shopping JK, Terraço Shopping e o próprio Taguatinga Shopping –, este ano as vendas saltaram, em média, 8,5% frente ao primeiro semestre de 2014. O índice não chega perto dos 13% de um passado recente, mas é motivo de comemoração, na avaliação do superintendente Edmar Barros.
“Os shoppings estão mais protegidos da crise. Há uma percepção de que os clientes do comércio de rua estão migrando para os shoppings”, pontua Barros. “Não estamos estourando de vendas, mas conseguimos manter um padrão de crescimento”, emenda.
Ocupação
Com o quadro econômico deteriorado, a demanda por espaço em shoppings caiu vertiginosamente. Não há mais, em empreendimento algum do DF, longas listas de espera, como era comum no auge do consumo das famílias. Mas a vacância perto de zero na maior parte deles ilustra o discurso confortável dos empresários. Na rede Paulo Octávio, por exemplo, três dos quatro shoppings estão com todas as lojas ocupadas.
No Park Shopping, o maior centro de compras do DF, as vendas acumuladas, até 23 de julho, pularam 11,5% em igual comparação com 2014, segundo o superintendente Marcelo Martins. “Em um momento de adversidade, existe quem sente primeiro e quem sente por último os efeitos. Os shoppings estão no fim da fila”, sublinha ele, para quem ainda não é possível falar em crise. “Por enquanto, não temos do que reclamar”, acrescenta.
Foto: Sheyla Leal/ObritoNews/Fato Online
Apesar da crise, os shoppings de Brasília continuam apresentando um bom movimento
http://fatoonline.com.br/conteudo/65...a&p=de&i=1&v=0