Putz, já era, agora que a oposição não ganha...
Celina Leão, vice-governadora do DF, anuncia a compra de mais 18 trens para o Metrô
O anúncio de ontem vem se somar à outra iniciativa, já em curso, que busca comprar 15 novos trens para diminuir o tempo de espera entre as viagens
O anúncio de ontem vem se somar à outra iniciativa, já em curso, que busca comprar 15 novos trens para diminuir o tempo de espera entre as viagens
Após dois incêndios, que destruíram 2 vagões da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) – ambos acidentes sem vítimas –, a vice-governadora Celina Leão (PP) anunciou ontem a aquisição de 18 novos trens para substitui-los. “Toda a série 1.000 será trocada”, afirmou.
A iniciativa anunciada ontem por Celina vem se somar a outra, que já estava em curso e que havia sido divulgada em junho, que é a da aquisição de 15 novos trens para reforçar a oferta de trens e diminuir o tempo de espera entre as viagens, nas estações. Assim, segundo o GDF, serão comprados mais 33 novos trens para o Metrô.
“São duas iniciativas distintas, com o mesmo objetivo. O intuito é garantir que tenhamos novos trens o mais breve possível”, afirmou ontem a Assessoria do Metrô, por meio de nota, à “Brasilianas”.
“A intenção é trocar logo todos (os da série 1000)”, explicou à “Brasilianas” a vice-governadora. Ela disse que as novas negociações para a substituição dos antigos vagões estão sendo conduzidas pelo secretário de Economia do GDF, Ney Ferraz Júnior.
Segundo Celina Leão, parte dos recursos devem ser oriundos do Orçamento do próprio GDF deste ano, e outro montante está na programação orçamentária do ano que vem. A tarefa de organizar essas compras, segundo a vice-governadora, está sob responsabilidade do secretário de Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves.
Hoje, o Metrô-DF tem 20 trens da série 1000, que têm entre 27 e 30 anos de idade, e 12 trens da série 2000, mais novos.
Para lembrar das ocorrências
Em janeiro deste ano, um vagão de um dos trens da série 1000 pegou fogo logo após a Estação Águas Claras. A perícia indicou que a causa foi um curto-circuito no interior do armário elétrico que existe em cada carro. No início de julho, um outro vagão pegou fogo na Estação 114 Sul. O incêndio interditou por 3 horas a operação dos trens.
Em ambos os casos, os trens pertenciam à Série 1.000 que têm entre 27 e 30 anos de idade. Eles integravam o conjunto de 20 trens, que datam da inauguração do Metrô no DF – que começou a operar há 26 anos, no dia 17 de agosto de 1998.
Em julho, esta coluna já havia anunciado que o Metrô-DF estava negociando com o Ministério das Cidades a aquisição dos 15 novos trens. A intenção à época era a de substituir parte dos antigos do modelo Série 1.000 e ofertar mais vagões para as duas linhas do modal ferroviário.
Agora, de acordo com o anúncio de ontem, os novos 15 trens virão reforçar a frota para que seja possível diminuir o tempo de espera entre as viagens. A média desse intervao entre as saídas do metrô, no horário de pico, é de 6 minutos na linha Ceilândia e de 12 minutos na linha Samambaia.
O projeto dos 15 trens já havia sido aprovado e deve ser contemplado com financiamento de R$ 900 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que deve ser ratificado ainda em 2024.
Como o processo interno no BNDES deve durar entre quatro ou cinco meses, e só depois será autorizado o início do processo de licitação, esse pedido dos novos vagões é um projeto que ainda vai demandar de 2 a 3 anos, já que é uma concorrência complexa.
Se estimarmos que todo o processo licitatório terá prazos normais e que nada atrapalhará a produção industrial dos vagões, o usuário do Metrô-DF ainda vai ter de esperar “de 2 a 3 anos, pelo menos" para que possam começar a chegar os novos vagões. Esta previsão foi feita pelo próprio presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral.
Ou seja, novos trens só em 2026. Ou em 2027.
Apesar da manutenção em dia, houve os incêndios
Quando de coletiva de imprensa para explicar o segundo incêndio, no início de julho, Handerson Cabral disse que a manutenção dos dois trens estava “100% em dia”.
Ainda assim, no início de agosto, o Metrô informou que após uma vistoria feita em conjunto com o fabricante dos vagões havia iniciado a troca de todos os disjuntores elétricos dos trens da série 1.000. Vale lembrar que, em média, os vagões desse tipo possuem uma vida útil de 45 anos.
”O trabalho é parte do novo protocolo de manutenção preventiva, que incluiu uma série de novos itens aos roteiros de manutenção já existentes”, disse a empresa, em nota. “A troca de todos os disjuntores será feita independentemente de os testes terem apresentado algum superaquecimento. Esta é uma recomendação do COPESE (Conselho Permanente de Segurança)”, complementou Victor Mafra, superintendente de Manutenção da Companhia.
Fonte:
https://www-correiodamanha-com-br.cd...-metro-df.html