Iphan apoia redução de velocidade para 60 km/h na principal via expressa de Brasília
A medida é uma das sugestões de especialistas para evitar acidentes de trânsito no Eixão
Foto: Eduardo Enamoto/R7
As duas mãos de fluxo da via são divididas apenas por uma faixa
O Iphan – DF (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Distrito Federal) defende a redução da velocidade máxima permitida do Eixão de 80km/h para 60km/h como alternativa para a redução de acidentes em uma das principais vias de Brasília. Além das batidas de carros, o superintendente do Instituto, Carlos Madson Reis, diz que a medida beneficia pedestres, que são vítimas frequentes de atropelamentos.
— Para esse caso, se é favorável que a primeira medida seja a redução da velocidade, conforme vários setores da sociedade defendem. Quais prejuízos a cidade teria se essa via passasse a ter velocidade máxima de 60km/h? Os estudos técnicos elaborados por vários especialistas nos mostram que quase nenhum, ao contrário, vários seriam os ganhos urbanísticos para a cidade.
Esta semana um grave acidente envolvendo quatro carros deixou uma pessoa ferida no Eixão Norte. A motorista de um veículo perdeu o controle do carro, atravessou a pista na contramão e atingiu outros automóveis. No ano passado, uma mulher de 25 anos morreu depois de passar mal ao volante e atingir outro carro de frente.
A via tem faixas de fluxos inversos sem divisão. Além da redução da velocidade máxima permitida, outra opção defendida por especialistas seria a construção de uma mureta ou canteiro dividindo as pistas. O problema é que intervenções no local só podem ser feitas com autorização do Iphan porque a área é tombada como Patrimônio da Humanidade. Carlos Madson diz que o Iphan não está insensível à situação de perigo que representa uma via cortando a cidade, mas afirma que é preciso uma discussão ampla sobre o assunto antes de qualquer decisão.
— Óbvio que a solução do problema não é tão simples, e apenas a colocação de uma mureta certamente não vai resolver. Há necessidade de estudos de tráfego e trânsito que não são de responsabilidade do Iphan desenvolver. Existem dezenas de ideias e isso estamos dispostos a discutir: jardim no canteiro central, semáforo, mureta, redutor de velocidade, etc.
O professor de Engenharia de Tráfego da UnB, Paulo César Marques, diz que a redução da velocidade máxima representa um aumento de três minutos entre o final do Eixão Sul e o do Eixão Norte.
— O Eixão é uma rodovia e o espaço e a alta velocidade convidam o motorista a uma alta velocidade e os acidentes são fatais.
O DER – DF (Departamento de Estradas e Rodagem do Distrito Federal) afirmou que existem vários estudos sobre medidas para aumentar a segurança do trânsito no Eixão. O Departamento diz que fará uma discussão com órgãos e sociedade para encontrar uma solução para o problema.
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