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Old Posted Apr 7, 2016, 6:25 PM
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Metrô quer ouvir 50 mil moradores do DF para elaborar plano de mobilidade


Levantamento vai ser feito em 20 mil residências do DF até setembro Consórcio foi contratado por R$ 5,2 milhões para apresentar propostas.


O Metrô do Distrito Federal anunciou nesta quinta-feira (7) o lançamento da Pesquisa de Mobilidade Urbana (PMU), levantamento que pretende entrevistar 50 mil moradores em 20 mil residências de todas as regiões administrativas até setembro. Segundo o órgão, a pesquisa servirá de base para planejar todos os métodos de transporte público e privado nas próximas décadas.

A coleta deve incluir dados socioeconômicos, informações sobre os deslocamentos e as características de cada morador. As entrevistas serão feitas entre terça e sábado, nas áreas residenciais, por funcionários identificados com bonés e coletes azuis com a marca da pesquisa, além de crachá com nome e número de identidade.

"É a primeira vez, em todo o país, que nós temos uma pesquisa voltada para o modelo metroferroviário. O mundo todo tem o trilho como modal preferencial, em função da alta capacidade de transporte e da sustentabilidade", afirmou o presidente do Metrô, Marcelo Dourado.

O resultado da PMU vai ajudar o Metrô a elaborar o Plano de Desenvolvimento do Transporte Sobre Trilhos (PDTT), que tem conclusão prevista para 2017. O consórcio formado por Logit e Tecton foi contratado em agosto do ano passado por R$ 5,26 milhões, com prazo de 24 meses para entregar os documentos.

Segundo Dourado, a pesquisa vai gerar um banco de dados "sério e independente", que poderá ser usado pelas próximas gestões para orientar os investimentos em transporte. "O PDTT quer fazer projetos de curto, médio e longo prazo, porque os gestores passam, mas precisamos de uma base de dados séria para deixar como referência para gestores sérios", diz.

No Entorno, postos foram montados nas principais rodovias para "contar" o tráfego de veículos privados e de passageiros de ônibus. Esses dados serão somados à PMU feita no DF para entender o padrão de deslocamentos na região e orientar os próximos investimentos. Informações do aeroporto JK e da Rodoviária Interestadual também serão incluídas no estudo.

O contrato do PDTT tem custo correspondente a seis vezes o que foi pago à Logit e à Logitrans para preparar a licitação das bacias de ônibus, entre 2010 e 2011. O consórcio Logit-Logitrans foi contratado por US$ 476,8 mil (R$ 874,5 mil) em junho de 2010, quando o dólar valia R$ 1,834. Na mesma época, o GDF elaborou o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), que prevê expansões ainda não concluídas pelo governo.

Diagnóstico

O plano diretor de 2010 mostrava que 40% das viagens originadas no DF eram destinadas ao Plano Piloto. Entre 2001 e 2009 (prazo investigado pelo PDTU), a frota de veículos privados cresceu 75%, ritmo que não foi acompanhado pelos modais públicos. Com isso, os automóveis eram responsáveis por mais da metade dos deslocamentos motorizados.

O PDTU também mostrou que, sem investimento em transporte coletivo de alta capacidade (como metrô e VLT), as principais vias do DF terão capacidade esgotada a partir de 2020. O presidente do Metrô classificou a previsão como uma "certidão de óbito" anunciada para a mobilidade na capital.

"Faltam quatro anos para que você que mora numa superquadra ou em Águas Claras não consiga sair da sua garagem. A certidão de óbito está aí. Se a gente não correr, a cidade pode parar. Essas vias são as nossas veias, se ficarem entupidas, o corpo chamado Brasília morre, para", declarou Dourado.

Sem dinheiro

Dourado afirmou ao G1 que todos os projetos anunciados anteriormente, como a conclusão das estações 104, 106 e 110 Sul e a expansão do Metrô para a Asa Norte, estão prontos para serem licitados. O que falta não é projeto, segundo ele, mas dinheiro.

"Os estudos e projetos do PDTU de 2010 foram feitos, os contratos foram assinados, mas os recursos do PAC da Mobilidade Urbana do governo federal foram adiados em função da crise econômica e política. O repasse seria no fim do ano passado, mas está marcado para dezembro deste ano", diz. O projeto citado contempla duas estações em Samambaia.

A conclusão das estações da Asa Sul e a compra de novos trens também está barrada no governo federal, com verbas que precisam ser liberadas pelo Ministério da Fazenda e pela Caixa. "Os projetos estão prontos, mas não podemos licitar porque não podemos assinar a ordem de serviço sem recursos", diz Dourado.

Em maio, o Metrô pretende licitar a realização de estudos e projetos da expansão até o início da Asa Norte. Segundo o presidente da companhia, um contrato de R$ 113 milhões já foi assinado pelo governador Rodrigo Rollemberg e pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab.

Também devem ser licitados os estudos para dois projetos de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). "Vamos licitar o do Eixo Monumental e o TAS/TAN [Terminal da Asa Sul - Terminal da Asa Norte, pela W3]. Há possibilidade de incluir o Aeroporto, mas o projeto não tem nada a ver com aquele da Copa do Mundo, que foi abandonado."







http://g1.globo.com/distrito-federal...obilidade.html
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