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Old Posted Aug 10, 2015, 10:41 AM
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Governo de Brasília diz que vai construir ciclofaixas em rodovias, ligando as regiões

As vias EPTG, EPIA, EPIG, EPNB e Estrutural devem receber ciclovias. A ideia é ligar regiões administrativas e o Plano Piloto incentivando o uso de bicicleta para trabalho

TV Fato
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Parados para revisão, vários projetos de mobilidade urbana para tráfego de bicicletas devem sair do papel e tomar às ruas nos próximos meses. O foco da Secretaria de Mobilidade são as rodovias que ligam regiões administrativas e o Plano Piloto. Em entrevista aos jornalistas do Fato Online, Beatriz Ferrari e Diego Amorim, no programa semanal Brasília de Perto, a coordenadora de sustentabilidade da Secretaria de Mobilidade, Cecília Martins, contou que dentro de poucos dias a ciclovia da EPTG (Estrada Parque Taguatinga) deve ter seu projeto divulgado: “o DER montou um grupo com ciclistas para discutir a ciclovia da EPTG, e daqui mais alguns dias eles devem estar lançando esse projeto revisado e assim deve ser feito com outros projetos”. Cecília adiantou quais são as outras rodovias que devem receber ciclofaixas: A Estrutural, a EPNB (Estrada Parque Núcleo Bandeirante) e a EPIG (Estrada Parque Indústrias Gráficas) e a EPIA (Estrada Parque Indústria e Abastecimento).

Ciclovias

O Distrito Federal tem a maior malha cicloviária do país. Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, são 411 Km ciclovias e ciclofaixas. A meta para os próximos 4 anos é atingir os 649 Km. Mesmo assim, os índices de acidentes envolvendo ciclistas e motoristas têm aumentado. Dados do Detran mostram que no ano passado, 9 ciclistas morreram no trânsito de vias controladas pelo órgão, em Brasília. Só de janeiro a abril deste ano foram 15 mortes. Além dos acidentes, a falta de segurança e estrutura para mobilidade desestimulam o uso da bicicleta na capital.

Segundo representantes de organizações de ciclistas, as ciclovias no DF têm muitos problemas. Cecília Martins admite e diz que “sempre vê problemas com desnível, falta de alguma sinalização, problemas de manutenção” e diz que “têm algumas partes das ciclovias que foram danificadas por tráfego de caminhões pesados".

Mas a crítica não pára por aí. Segundo a coordenadora da ONG Rodas da Paz, Renata Florentino, as ciclovias instaladas servem apenas para lazer porque ficam em quadras residenciais, bosques e parques, e não ligam as áreas de residência ao comércio e aos centros, o que desestimularia o uso da bicicleta para deslocamentos do dia-a-dia, para ir ao trabalho e à escola, por exemplo.

Em resposta a esses questionamentos, a coordenadora da Semob informou que a implementação de ciclovias ligando as cidades está próxima e faz parte do plano para desafogar o trânsito para os próximos anos. “ A gente está trabalhando com as rodovias - elas são prioritárias - e as cidades onde há o maior número de acidentes, como Planaltina que tem um alto índice de acidentes e não tem muitas ciclovias implantadas. ”

Ciclista X Motorista

Nos últimos anos, o ciclista brasiliense tem utilizado cada vez mais as vias junto com os carros. Direito garantido pelo código Brasileiro de Trânsito, mas desconhecido por muitos motoristas. E nessa relação, o carro – que é maior e mais ofensivo - é responsável pelo ciclista. O código diz, no artigo 58, que “em vias urbanas e rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores”. A impossibilidade de utilização das ciclovias pode se dar, por exemplo, quando alguém pedala em alta velocidade e se depara com crianças, famílias e pedestres andando nessas vias. Assim como o carro, quem está na bicicleta é responsável pelo mais frágil, seja ele um pedestre ou uma criança de bike. Pensando nisso, em junho deste ano, o Detran lançou uma campanha explicando alguns sinais de trânsito para melhorar a comunicação entre ciclista e motorista. Cecília acredita que esse primeiro passo já teve uma resposta e espera uma melhora na convivência entre os veículos. Ela apontou três pontos que acredita serem principais para solucionar o problema: "infraestrutura, educação e fiscalização. Em 2005 tínhamos 66 mortes, no final do ano passado foram contabilizadas 22, mas independente disso, a gente não pode considerar morte como sendo um padrão aceitável, temos que trabalhar para morte zero. "

Integração

O uso da bicicleta para mobilidade é uma referência de sucesso em vários países do mundo. No DF o estímulo ainda cresce de forma lenta. Em 2008 foi aprovada uma lei que permitia o uso dentro dos vagões do metrô, mas no ônibus, principal meio de transporte público local, a entrada da bicicleta ainda é um desafio. Não existe acessibilidade nem local para guardar a bike dentro do veículo. A coordenadora destacou como um avanço a lei n° 1.260/12, sancionada pelo governador Rodrigo Rollemberg este ano, "que trata da possibilidade de colocar bicicleta dentro do ônibus, mas ela precisa ser regulamentada e precisa passar por uma revisão da parte técnica e ela não vale para os contratos vigentes", mas a perspectiva para a instalação de racks para as bikes, previstos por esta lei, ainda está bem distante. Os contratos vigentes só devem ser trocados ou renovados dentro de oito anos. Até lá, outras promessas podem amenizar as dificuldades encontradas por quem ainda prefere a bicicleta ao carro. Cecília disse que a Secretaria está trabalhando em um novo projeto de integração, que, segundo ela, garante o mínimo de segurança: " a gente está trabalhando agora com a implantação de paraciclos e bicicletários nas estações do metrô e nos terminais de ônibus para garantir a integração. Não que a pessoa precise andar com a bicicleta no ônibus, mas sim que ela possa deixar a bicicleta de uma forma minimamente segura. "

Incoerência nas ações de governo

O projeto de um viaduto entre o Parque da Cidade e o Sudoeste provocou polêmica por não dar espaço à bicicletas e pedestres, o que ignora a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que diz que a mobilidade de pedestres e ciclistas é prioritária. A obra, orçada em R$26,6 milhões, está em processo de licitação. Questionada sobre o caso, a coordenadora admitiu que esse não é o único projeto que ignorou a Política: "Há uma contradição. É um pouco contraditório esse projeto. O que a Semob tem feito com relação a esses projetos é: Fazer uma revisão, sentar junto às secretarias que são responsáveis para estudar a implementação de alguma estrutura que garanta a mobilidade por bicicleta e também para o pedestre. A gente tem alguns (projetos nessa situação), mas a maior parte deles já está passando por essa revisão".










http://fatoonline.com.br/conteudo/71...a&p=de&i=1&v=1
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