DS terá lojas próprias em 9 cidades do país, para se descolar da Citroën
Novidade do Salão de SP, SUV DS 6 deve chegar ao mercado nacional.
Por enquanto, não há planos para produzir os modelos de luxo no Brasil.
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SUV de luxo, DS6 é cotado para o Brasil (Foto: Divulgação)
A DS nem bem criou asas e já quer voar no Brasil. De acordo com Eric Apode, vice-presidente de produto e desenvolvimento, a marca de luxo terá lojas próprias em 9 cidades brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Fortaleza,
Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador.
A decisão segue o plano de descolar a linha de luxo da Citroën. Desde julho deste ano, os modelos DS saíram do ninho e começaram a andar com as próprias pernas no restante do mundo, como uma marca independente.
No entanto, atingir a maioridade ainda leva um tempo. Por enquanto, apenas 3 modelos estão disponíveis no Brasil, em concessionárias da Citroën. A ajuda "materna" deve continuar mesmo com a abertura das lojas DS, segundo Apode.
"Em cidades específicas, onde vemos um ‘boom’ do mercado luxo, vamos investir em lojas próprias. Paralelamente, continuaremos a vender nas concessionárias da Citroën, com o DS lounge", afirmou o executivo em entrevista ao G1 no Salão do Automóvel de SP.
As 9 cidades brasileiras foram escolhidas dentro de uma lista das 200 cidades mais importantes para a marca no mundo. "Acreditamos que a maioria das pessoas que poderão comprar veículos premium estarão nas grandes cidades."
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DS 5 Faubourg Addict (Foto: Caio Kenji/G1)
Expansão
Além de buscar sua identidade própria, a DS investirá em ampliação da gama, que terá 6 modelos nos próximos anos – 3 deles já são vendidos no Brasil (DS 3, DS 4 e DS 5). O próximo a desembarcar no mercado nacional é o utilitário esportivo DS 6, que está no salão.
“(O Brasil) Não é o nosso mercado número 1, mas acreditamos que o segmento premium tem muito potencial no país. Por isso continuaremos a investir no mercado brasileiro. A DS vai expandir sua gama para 6 modelos, e acredito que todos eles estarão à venda no Brasil”, disse Apode.
Para ele, o SUV compacto poderá ser o mais vendido da linha no país, assim como deve ocorrer na China – primeiro mercado a receber o modelo. "Trouxemos para o Salão do Automóvel para ver a reação dos consumidores e dos concessionários."
Segundo o executivo, os 2 modelos que faltam na gama vão cobrir segmentos em que a DS ainda não atua.
Por enquanto, a empresa tem integrantes entre hatches pequenos (DS 3), médios (DS 4) e grandes (DS 5, que também tem características de cupê e minivan), além do novo utilitário esportivo compacto.
Produção
Desde 2012, a DS emplacou cerca de 4 mil unidades no Brasil, o que coloca o país como 3º maior mercado para a marca, se a Europa for considerado um único mercado. A China é o líder disparado.
Com volume tão pequeno, Apode não vê como uma produção nacional poderia ser lucrativa. No entanto, os veículos DS poderiam ser feitos na fábrica do Grupo PSA Peugeot Citroën em Porto Real (RJ).
“Poderíamos, mas é uma questão de lucratividade da operação. Não achamos que vale investir tanto dinheiro hoje para produzir carros de luxo por aqui. Se for lucrativo e tiver potencial, podemos estudar, mas por enquanto não há projetos”, explicou Apode, que, em seguida, se mostrou interessado pelos planos das rivais BMW, Audi e Mercedes-Benz para produzir no Brasil.