Acho interessante uma coisa.... antes o projeto original de Brasília não se poderia mexer, e agora se pode.... digo o tombamento... A piada do Museu da Democracia já existia e era projeto do Bozo. kkk
Museu da Democracia, Esplanada dos Ministérios (2020)
Museum of Democracy (2020)
O terreno escolhido foi a Esplanada dos Ministérios, centro do poder do país, junto à rodoviária como cruzamento principal da cidade e encontro de fluxos, e por natureza um dos espaços urbanos mais democráticos da cidade. A intenção foi fazer do Museu da Democracia um monumento ao povo e suas conquistas na avenida mais monumental do país, proporcionando uma conexão como um pórtico de entrada entre o terminal e a avenida.
O pilotis aberto ao nível da rua é um espaço coberto para demonstrações, comícios, eventos, e faz a ligação com a Esplanada dos Ministérios na principal zona de fluxo de pedestres que saem da rodoviária.
O volume principal do museu é uma caixa suspensa sobre dois volumes prismáticos ocultos por terra e gramado, como se o volume suspenso estivesse em contato direto com o chão, ao mesmo tempo em que mantém a passagem desimpedida e a visual livre sob o prédio. As fachadas têm um ritmo de repetição de brises móveis voltados para a rodoviária e elementos fixos de concreto voltados para a Esplanada dos Ministérios, em linguagem que faz referência aos palácios de Niemeyer na avenida monumental.
O salão principal de exposição é acessado por um corredor que parte do hall principal de circulação, percorrendo ao longo da avenida principal com vista para o eixo monumental, até chegar no ambiente de exposição contando sobre os perseguidos da ditadura, sua cronologia, seus principais responsáveis e os horrores enfrentados pela população durante aquele duro período.
No último nível, um terraço proporciona vista desimpedida para a Esplanada dos Ministérios, com um café e uma loja do museu. Como na rodoviária, o prédio se divide em térreo livre, um pavimento intermediário conectado por uma passarela, e uma plataforma superior de contemplação. A passarela que se inicia na rodoviária proporciona um segundo acesso ao edifício através de seu hall de circulação e atravessa para o outro lado, projetando-se em direção à Esplanada e o Congresso Nacional, criando também uma plataforma de observação para o memorial às vítimas da ditadura no nível da rua, uma sequência de barreiras em concreto com nomes das vítimas, simbolizando os túmulos das vítimas perseguidas, desaparecidas e executadas pelo governo militar durante este período.
Concurso de projeto promovido pelo Curso Cura para o Museu da Democracia. Equipe: arquitetos Matheus Carvalho e Renan Davis.
Fonte:
https://www.coplanar.arq.br/museu-da-democracia